quinta-feira, 31 de maio de 2012

CURRÍCULO PARA ALÉM DA MODERNIDADE- RESUMO


RESUMO DO TEXTO CURRÍCULO PARA ALÉM DA MODERNIDADE
           
Por Jacy Carvalho do Nascimento

          O texto de Maria Aparecida da Silva, “Currículo Para Além da Modernidade”, traz em sua introdução, um pouco da história do currículo, afirmando que currículo é práxis, e que não é um objeto estático. Segundo a autora, a história das concepções de currículo é marcada por decisões básicas, para racionalizar de forma administrativa, a gestão do currículo. 
Estudos sobre currículo nos últimos anos do século XX e início do século XXI, discutem a posição pós-moderna e relatam que em sua origem, o pós-modernismo significava a perda da historicidade e o fim da grande narrativa na área educacional. O currículo, tanto na perspectiva humanista, quanto na tecnicista e toda tentativa de currículo emancipatório das pedagogias críticas, são colocados em questão. Surgem perspectivas interpretativas da realidade e entre elas, os estudos pós-estruturalistas e também, os estudos culturais. 
Falando sobre currículo e  o pós-estruturalismo, a autora cita Nietzsche, Freud, Marx, Deleuze, Foucault, Klossowski e koffman, dentre outros, sendo que todos eles enfatizam o significado da construção ativa, dependente da pragmática. O sujeito é visto como corporificado e generificado, um ser temporal, maleável e flexível. Conforme diz a autora, os pensadores pós-estruturalistas não são coesos, nem articulados em termos de ideias e propostas. O estudo de currículo dentro dessa perspectiva tem como objetivo o processo de construção e desenvolvimento de identidades, privilegiando o discurso, questionando as ideias de razão, progresso e ciência. Surge a proposta da nova abordagem educacional, denominada de rizomática, a qual é difusa, sem uma direção definida.
Depois, a autora cita Lins (2005), que afirma que “ os saberes como sabores não mudam a realidade dos homens”, a pedagogia se desenvolve pela descoberta.Para ele, a pedagogia rizomática, soa como dissonância, cacofonia, falta de harmonia.        Segundo Apple (2002), a pedagogia torna-se uma retórica do romantismo das possibilidades. Para mudar as políticas neoconservadoras, supõe um projeto de meta-narrativa, que denuncie quão deformada é a educação presente, de um sujeito livre, autônomo e autocentrado.
Ao falar sobre currículo e estudos culturais, a autora cita Edward P. Thompson, Richard Hoggart e Raymond Willians, dentre outros, como estudiosos, que afirmam que as produções de currículo na vertente estudos culturais, não propõem alternativas curriculares, adotam noções de alta e baixa cultura.
 De acordo com Paraskeva (2006), a perspectiva de mudança não depende dos sujeitos históricos, dos movimentos sociais e econômicos, e sim, das associações móveis entre as coisas. Na perspectiva de Pacheco (2006), a prática curricular favorece a reedição de currículos tecnicistas ou Taylerianos.
Abordando O Currículo Para Além dos Pós Estruturalistas e dos Estudos Culturais a autora afirma que a inquietação com a globalização dos estudos culturais, muda o eixo da dialética para a filosofia da diferença, para legitimar os estudos das diferentes culturas. Segundo ela, a diferença torna-se revolucionária e, os acontecimentos implicam na negação da utopia e, na criação de um futuro melhor para a humanidade. Numa abordagem de Bernardo (2000), ele afirma que a divisão hoje em países, deve ser substituída pela divisão em companhias transnacionais. Ele afirma que para aumentar o poder, os capitalistas debilitam os explorados. Também afirma que os multiculturalistas só se interessam pela cultura, não se importando com os imperativos econômicos. A pluralidade de cultura tem que ser compatível com o prevalecimento de uma infraestrutura única. 
A autora afirma que no seu dia a dia, as escolas estão cada vez mais submetidas a uma lógica de parâmetros curriculares nacionais e transnacionais, na busca de um padrão de qualidade. Em suas Considerações finais, a autora afirma que o reconhecimento das conexões históricas entre concepções de currículo, transformações, economia, arcabouço ideológico, grupos que detém o poder e a cultura hegemônica, é na verdade, o primeiro passo para as mudanças de currículo definido. 
Quanto à formação humana, assumir que currículo é práxis apesar dessa complexidade e, não dar os primeiros passos no sentido das mudanças é, na verdade, abrir mão de traçar novos rumos para a educação.
Como leitor, considero que o texto é complexo, amplo e, que nos leva a pensar o que é currículo, como foi o currículo que nós tivemos e também, que tipo de currículo que queremos para os nossos filhos.

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