quarta-feira, 27 de junho de 2012

UMA COMPARAÇÃO ENTRE UM RIO E O CURRÍCULO


                                           Por Jacy Carvalho do Nascimento

Sempre que alguém estuda a história das civilizações, verifica que todas elas se desenvolveram ao lado de um rio, muitos deles conhecidos mundialmente, como é o caso do Ghandis, do Tamisa, do  Renno, do Nilo, do histórico e bíblico  Rio Jordão , do Rio São Francisco  do Rio  Amazonas, dentre tantos outros.
 Ao lado dos rios, as civilizações evoluíram e desenvolveram habilidades no decorrer de sua existência e, com o passar do tempo, perceberam que a base dessa evolução está em algo muito importante chamado de “educação”.  Com o desenvolvimento da educação, surgiram além de outras coisas, várias formas de se aproveitar o potencial de um rio, da mesma forma que para se aproveitar melhor o potencial educacional de um povo, surgiu o “currículo”.   
O currículo é um caminho que percorre as instâncias do saber, da mesma forma que o leito de um rio é uma estrada que conduz as águas, perfazendo um caminho sinuoso e desafiador, num ambiente criado pela própria natureza.
Prosseguindo com a comparação, currículo é uma relação de poder, de forma que o poder econômico determina o seu conteúdo. Da mesma forma, os seres vivos de um rio se envolvem numa outra disputa de poder, que é a cadeia ou teia alimentar, na qual, também prevalece a lei do mais forte.  Um rio abrange o coletivo, serve a todos os seres que dele dependem para viver, “faz o bem, sem olhar a quem”, enquanto que o currículo também se relaciona ao sentido coletivo, quando aborda a educação e o direito ao saber ofertado para todos, sem distinção alguma. Rio também é individual, singular, da mesma forma que o currículo, que é específico e contribui para a formação do indivíduo com cidadão.
Rio é fonte de vida, enquanto que currículo é fonte de conhecimento para a vida, rio e currículo são territórios desterritorializados, pois existem para o bem de todos. As comparações são muitas e todas repletas de virtuosos exemplos. Rio pode inundar as planícies com suas águas, currículo pode inundar os corações com a alegria do saber, do descobrir, do superar e do sentir-se capaz. Rio faz nascerem as esperanças, currículo faz aflorar os sonhos, rio é imprescindível e currículo é indispensável.
 O fato é que tanto o rio quanto o currículo, devem ser tratados com muito carinho, critério e responsabilidade, pois ajudam a contar a história de uma civilização, dentre as quais, também se encontra a nossa.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

UMA ABORDAGEM SOBRE ESCOLAS, CURRÍCULO E CRIATIVIDADE


Por Jacy Carvalho do Nascimento.


   Após ouvirmos a palestra de Ken Robinson, cujo título é uma indagação, “Escolas Matam a Criatividade”? Chegaremos á conclusão que sim. Se considerarmos o currículo prescrito, que é aquele que é imposto ás escolas percebe-se que há uma camisa de força, uma ditadura que poda a criatividade dos alunos e que realmente, conforme disse Ken, o sistema de ensino vai desmotivando as pessoas. No contexto curricular, sabe-se que currículo é práxis, que é humano e complexo, que possui forma, conteúdo e organização. 
No entanto, segundo o preletor, o sistema educacional existe para suprir o industrialismo e, dessa forma, o poder  econômico dita as regras, as quais, sucumbem com a criatividade das pessoas. Sendo assim, alunos que possuem dons artísticos se sentem deslocados e influenciados a abandonarem os seus talentos, porque isso não interessa ao sistema e também, porque as escolas não estão preparadas para lidar com isso, o ensino é burocrático, metódico e conservador.  É preciso que se façam mudanças significativas no currículo.
Outro assunto abordado por Ken Robinson se refere aos professores universitários. Segundo ele, muitos deles possuem postura arrogante e apenas repassam os conhecimentos, sem se preocuparem com a relação professor-aluno e ensino-aprendizagem. Isso acontece, porque a grande maioria dos referidos professores, não possuem curso de licenciatura, não foram preparados para lidarem com pessoas. Sendo assim, se os seus alunos não apresentarem o rendimento padronizado, esses pseudo-professores culparão os próprios alunos. É mais fácil apontar um culpado, do que fazer uma autocrítica.
Uma palestra como a de Ken Robinson e os trabalhos de pesquisadores curriculares, podem auxiliar na busca de inovações, que contemplem as disciplinas trabalhadas nas escolas de forma igualitária, sem prejuízo a qualquer que seja. Assim sendo, formaremos gerações preparadas para suprir as necessidades do país, com muita inovação e competência, sabendo que é preciso encontrar o elo entre a escola, o currículo e a criatividade. Nesse contexto, as pessoas não precisam abandonar seus sonhos, seus ideais, sua naturalidade, sua arte, sua música, sua dança e outras virtudes, para conseguirem um diploma. Essa falta de respeito precisa acabar.

UMA RELAÇÃO ENTRE O PERIGO DA HISTÓRIA ÚNICA E A PEDAGOGIA DA AUTONOMIA

   
 Por Jacy Carvalho do Nascimento. 

 Após ler o livro de Paulo Freire, ”Pedagogia da Autonomia“ e ouvir a palestra da escritora Chimamanda Adichie, intitulada ”O Perigo da História única”, faço uma reflexão a respeito das duas obras, porque ambas nos levam a refletir a sobre a nossa própria formação, levando-nos a uma viagem no tempo, fazendo-nos lembrar de todo o aprendizado que tivemos na escola e também, de nossa participação na sociedade e de todas as influências que dela  recebemos. É a gente dentro do mundo e o mundo dentro da gente, na nossa forma de pensar, agir, participar, imaginar e viver.
Quando a escritora narra a sua história, sendo ela nigeriana e tendo que estudar inglês, por imposição do sistema educacional do seu país, entende-se que sua autonomia já foi violada. Na sequencia, ela conta  que ao estudar nos Estados Unidos, percebeu a forma distorcida com que  as pessoas entendiam o que era a África, um país ao invés de um continente, repleto de pessoas pobres, famintas, incultas, incapazes e de aparência anormal .  Essa forma de visão, reduzida, desinformada e única, levou a autora a escrever e a divulgar o seu  trabalho, o trabalho de alguém que realmente pode contar verdadeiras histórias sobre o seu país e o seu continente, por  conhecer  a África e seus vários personagens, seus vários dialetos,  suas várias culturas e  inúmeros seres humanos, que também merecem ser respeitados como cidadãos.
Segundo Paulo Freire, essa forma única errada de visualizar pode acontecer também dentro das escolas, quando os professores não respeitam a diversidade  e não procuram conhecer as diferenças, usando de arrogância e imposição, desconsiderando os conhecimentos prévios dos estudantes e, apenas repassando os conhecimentos, ao invés de construí-los junto com os alunos.   
O perigo da história única está no fato de se fazer um preconceito errôneo, que a imaginação e a visão distorcida geram na mente das pessoas desinformadas ou, induzidas ao erro, por alguma pessoa de má fé ou de má índole ou leiga. Quando a escritora relata as suas histórias ela revela o seu talento e, mesmo quando conta a respeito da forma indecorosa com que muitas pessoas escreveram sobre a África, ela o faz usando de certos princípios, que podemos encontrar no livro de Paulo Freire, tais como, caráter, dignidade, coerência, humildade, generosidade e respeito. 
No Mundo capitalista, o dinheiro vale mais que as pessoas e o poder financeiro pode gerar a arrogância, a discriminação, a intolerância e a imbecilidade. É preciso que tomemos cuidado com o perigo de se enxergar uma história única, porque geralmente são os pequenos detalhes     que fazem as grandes diferenças. 
Felizmente Chimamanda pôde mostrar para o mundo a sua competência e beleza, o que é muito parecido com a boniteza da simplicidade da qual fala Paulo Freire, no processo de ensino e aprendizagem, quando professores e alunos constroem juntos o conhecimento no âmbito educacional.  
 Que a Pedagogia da Autonomia seja praticada com amor, que a história de um povo seja contada narrando a verdade, que os africanos sejam respeitados e, que não deixemos de sonhar com um mundo melhor.                                                                                                                                      


quinta-feira, 31 de maio de 2012

CURRÍCULO PARA ALÉM DA MODERNIDADE- RESUMO


RESUMO DO TEXTO CURRÍCULO PARA ALÉM DA MODERNIDADE
           
Por Jacy Carvalho do Nascimento

          O texto de Maria Aparecida da Silva, “Currículo Para Além da Modernidade”, traz em sua introdução, um pouco da história do currículo, afirmando que currículo é práxis, e que não é um objeto estático. Segundo a autora, a história das concepções de currículo é marcada por decisões básicas, para racionalizar de forma administrativa, a gestão do currículo. 
Estudos sobre currículo nos últimos anos do século XX e início do século XXI, discutem a posição pós-moderna e relatam que em sua origem, o pós-modernismo significava a perda da historicidade e o fim da grande narrativa na área educacional. O currículo, tanto na perspectiva humanista, quanto na tecnicista e toda tentativa de currículo emancipatório das pedagogias críticas, são colocados em questão. Surgem perspectivas interpretativas da realidade e entre elas, os estudos pós-estruturalistas e também, os estudos culturais. 
Falando sobre currículo e  o pós-estruturalismo, a autora cita Nietzsche, Freud, Marx, Deleuze, Foucault, Klossowski e koffman, dentre outros, sendo que todos eles enfatizam o significado da construção ativa, dependente da pragmática. O sujeito é visto como corporificado e generificado, um ser temporal, maleável e flexível. Conforme diz a autora, os pensadores pós-estruturalistas não são coesos, nem articulados em termos de ideias e propostas. O estudo de currículo dentro dessa perspectiva tem como objetivo o processo de construção e desenvolvimento de identidades, privilegiando o discurso, questionando as ideias de razão, progresso e ciência. Surge a proposta da nova abordagem educacional, denominada de rizomática, a qual é difusa, sem uma direção definida.
Depois, a autora cita Lins (2005), que afirma que “ os saberes como sabores não mudam a realidade dos homens”, a pedagogia se desenvolve pela descoberta.Para ele, a pedagogia rizomática, soa como dissonância, cacofonia, falta de harmonia.        Segundo Apple (2002), a pedagogia torna-se uma retórica do romantismo das possibilidades. Para mudar as políticas neoconservadoras, supõe um projeto de meta-narrativa, que denuncie quão deformada é a educação presente, de um sujeito livre, autônomo e autocentrado.
Ao falar sobre currículo e estudos culturais, a autora cita Edward P. Thompson, Richard Hoggart e Raymond Willians, dentre outros, como estudiosos, que afirmam que as produções de currículo na vertente estudos culturais, não propõem alternativas curriculares, adotam noções de alta e baixa cultura.
 De acordo com Paraskeva (2006), a perspectiva de mudança não depende dos sujeitos históricos, dos movimentos sociais e econômicos, e sim, das associações móveis entre as coisas. Na perspectiva de Pacheco (2006), a prática curricular favorece a reedição de currículos tecnicistas ou Taylerianos.
Abordando O Currículo Para Além dos Pós Estruturalistas e dos Estudos Culturais a autora afirma que a inquietação com a globalização dos estudos culturais, muda o eixo da dialética para a filosofia da diferença, para legitimar os estudos das diferentes culturas. Segundo ela, a diferença torna-se revolucionária e, os acontecimentos implicam na negação da utopia e, na criação de um futuro melhor para a humanidade. Numa abordagem de Bernardo (2000), ele afirma que a divisão hoje em países, deve ser substituída pela divisão em companhias transnacionais. Ele afirma que para aumentar o poder, os capitalistas debilitam os explorados. Também afirma que os multiculturalistas só se interessam pela cultura, não se importando com os imperativos econômicos. A pluralidade de cultura tem que ser compatível com o prevalecimento de uma infraestrutura única. 
A autora afirma que no seu dia a dia, as escolas estão cada vez mais submetidas a uma lógica de parâmetros curriculares nacionais e transnacionais, na busca de um padrão de qualidade. Em suas Considerações finais, a autora afirma que o reconhecimento das conexões históricas entre concepções de currículo, transformações, economia, arcabouço ideológico, grupos que detém o poder e a cultura hegemônica, é na verdade, o primeiro passo para as mudanças de currículo definido. 
Quanto à formação humana, assumir que currículo é práxis apesar dessa complexidade e, não dar os primeiros passos no sentido das mudanças é, na verdade, abrir mão de traçar novos rumos para a educação.
Como leitor, considero que o texto é complexo, amplo e, que nos leva a pensar o que é currículo, como foi o currículo que nós tivemos e também, que tipo de currículo que queremos para os nossos filhos.

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - SÍNTESE


PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
PAULO FREIRE
SÍNTESE
Por Jacy Carvalho do Nascimento
Após a leitura do livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire, faço uma reflexão sobre tudo o que li. O livro fala dos Saberes Necessários à Prática Educativa, sendo que iniciei a leitura com muita expectativa, por todos os comentários positivos que já havia ouvido a respeito do autor.
Em sua abordagem inicial, o autor fala sobre a formação docente, citando conceitos e levando o leitor a pensar e repensar a sua forma de atuar, na condição de professor ou professora de alguma instituição de ensino, o que é muito interessante. A referida reflexão acontece ao longo de toda a leitura, porque o livro é abrangente e traz muitas sugestões a quem se propõe a lê-lo.
O livro aborda o conceito de autonomia com muita eficácia, porque associa a autonomia do professor á dos alunos, enfatizando que os mesmos têm o direito de se manifestarem democraticamente, que é preciso que se veja o aluno como um parceiro na construção do aprendizado e não, como um recipiente a ser preenchido.  O capítulo 1 aborda A Prática Docente, no que ele chama de “Primeira Reflexão” e, surgem novos conceitos tais como: rigorosidade, pesquisa, respeito, saberes, criticidade, estética, ética, corporificação, aceitação, rejeição, discriminação, identidade cultural, dentre outros.   
Nesse contexto, a reflexão está ligada à rigorosidade, com ênfase nas muitas diferenças entre ”se obter o silêncio da turma e o fazer silenciar”, o que acontece ainda hoje em classes com professores autoritários e opressores. Pesquisar é importante, porque o docente precisa estar sempre pesquisando, para melhorar a sua própria forma de atuar, levando em consideração que é preciso haver respeito mútuo entre quem ensina e quem aprende. Na desenvoltura dos saberes, a criticidade é fundamental, a auto crítica, a melhoria da estética na prática pedagógica, a ética no exercício da profissão e na vida em geral, tudo isso somando e contribuindo para a corporificação da função de ensinar, sem rejeição ou discriminação a quem quer que seja.
No capítulo 2, se lê que ensinar não é apenas transmitir conhecimento, na verdade é algo muito mais abrangente. Surgem outros conceitos tais como, construção, consciência, reconhecimento, autonomia, direitos, realidade, esperança, convicção, curiosidade, dentre outros. Como já foi dito anteriormente, ensinar não é transferir conhecimento e sim construí-lo, numa edificação conjunta entre aprendiz e professor. Dessa forma, o aluno desenvolve a consciência da importância de aprender, sendo que havendo esse reconhecimento, ambos se respeitam e cada um pratica a sua autonomia de maneira livre e mais produtiva. É preciso que os profissionais do ensino tenham esperança em dias sempre melhores, que trabalhem com convicção e, que os ensinamentos despertem a curiosidade dos alunos.
No 3º capítulo,  Ensinar é uma Especificidade Humana”, o autor enfatiza a grandiosidade do ser humano e outros conceitos são abordados, tais como competência, generosidade, comprometimento, intervenção, liberdade, decisão, ideologia, diálogo, bem querer, dentre outros. Paulo Freire afirma que a competência do educador é muito mais significativa, quando ele usa de generosidade, revelando o seu comprometimento com o aprendizado do aluno, numa forma de intervenção amorosa, que valoriza a liberdade de expressão, o que certamente se reflete na tomada de decisão. É preciso que se trabalhe com amor e que se ouça o que o coração quer dizer. Sabemos que existe muita ideologia no contexto do livro. Mas, com diálogo, disposição e bem querer, o trabalho pode gerar bons frutos. O conteúdo do livro superou as minhas expectativas. Que cada um faça o melhor de si.

terça-feira, 15 de maio de 2012

DIFERENÇA NOS PCN DO ENSINO FUNDAMENTAL


N°5     MPEC-UNIFEI
Disciplina: TENDÊNCIAS CONTEMPORÂNEAS DE CURRICULO
Alunos:  Jacy Carvalho do Nascimento
&
Átila Bruno


                                  DIFERENÇA  NOS PCN DO ENSINO FUNDAMENTAL
                                                                  Elizabeth Macedo

 1) Os PCN foram lançados em 1998 ; Foram muito  criticados, mas foram implantados e aos poucos, passaram a fazer parte do linguajar dos professores. PCN:  Parâmetros Curriculares  Nacionais
2) Ball (1992) e BOWE(1998),  defendem que as políticas curriculares sejam analisadas  Sob 3 contextos primários :
a) Público e privado  b) Operado por partidos, governo, agentes internacionais e    comunidades acadêmicas( Um ciclo contínuo )   c) Prática, resultante do cotidiano.
3) Segundo Ball (1992), as políticas curriculares no Brasil, sofriam reinterpretações,   sendo reescritas, surgindo novas propostas, diferentes sentidos negociados.
                                        
 CULTURA
4)   A autora afirma que os PCN optam por tratar a questão cultural na perspectiva da pluralidade ou diversidade, em detrimento da diferença.
                                      A PLURALIDADE CULTURAL E OS PCN            
                              
5)  A importância que os PCN dão á pluralidade cultural é inegável.
6) Se a análise dos PCN não se centra no temas transversais( Meio ambiente,  Orientação sexual, saúde e pluralidade cultural), qual o sentido de sua existência ?
7) Perceber a diversidade cultural e denunciar o preconceito, são insuficientes para a construção de uma política da diferença.
8) A diversidade embora presente, aparece de forma marginal nos PCN.
9) Segundo a autora, os currículos privilegiam os saberes acumulados pela sociedade  Ocidental, propondo que a escola trabalhe uma espécie de “cultura essencial”. 
10) Libânio (1991), defende uma articulação entre os conteúdos de ensino e as experiências concretas dos alunos.
11) Na perspectiva de Saviani (1981),” o aluno confronta seu saber prático e não sistematizado, com o conhecimento acumulado pela humanidade, rompendo com a sua visão ingênua de mundo”, o  que é criticado pela autora que  diz que os” currículos substituem saberes menos organizados, por outros mais organizados”
12) Entre o saber acumulado e as culturas próprias dos alunos, os currículos tendem a privilegiar o  primeiro.
13)   Segundo Bhabha(1998),  a alusão á ideia de  nação e patriotismo serviu de propósito para apagamento das diferenças.
14)  O cidadão nacional é um cidadão do mundo globalizado. Sendo assim, a educação precisa inserir esse sujeito no mercado produtivo globalizado, como trabalhador e como consumidor.
15)  Segundo a autora, talvez pudéssemos falar em “saber transnacional”, o que aproximaria do saber acumulado pela burguesia.
16) Há muitas diferenças entre os alunos. Por isso, a escola precisa saber lidar com isso, com a diversidade ética, cultural e regional e, trabalhar o diálogo entre as diferenças.
17) Em vários momentos, a escola e o currículum não deram conta da importância  da diversidade, favorecendo posturas preconceituosas e discriminatórias.
18)  Os  PCN tratam os grupos culturais como equivalentes.
19) Mc Laren (1993), afirma que transformar determinado conhecimento particular em oficial, nega mais do que as demais formas de conhecimento.
A diferença:  Como pensar o particular e o universal, no campo do currículum:
                 
20) A ideia de aprender a conviver com o diferente e  de diálogo entre culturas, traz a ideia de que há entidades culturais fechadas.
21) As culturas particulares se estabelecem, a partir de um “sistema diferencial”. Portanto, aceitar as reivindicações de uma cultura particular, implica a aceitação do sistema de diferença.
22) Segundo a autora, as relações entre as culturas particulares são relações de poder.
23) Nos PCN a cultura universal não é o único padrão cultural tratado, mas, apenas mais um dentre um numeroso elenco de padrões não hegemônicos.
24)  Autora afirma que “Ao não questionar o sistema que cria a similaridade, as perspectivas multi-interculturais dos PCN excluem, mesmo quando denunciam a exclusão”.
25) Para a autora, uma cultura só pode existir em um contexto, se houver princípios universais, que essa cultura partilhe com as demais.
26) Estabelecer um universal qualquer, seja natural, metafísico ou histórico, implica negar a própria possibilidade da diferença.
27) Se uma cultura particular se transforma em universal, abre mão de sua identidade original.( Laclau)
28) Segundo Santos (2003), Nos currículos se torna possível fazer conviver a cultura eurocêntrica universal, com aquelas organizadas segundo outros padrões, tal como ocorre nos PCN.
29) Segundo Bhabha(1998), a experiência escolar se estabelece em regiões de fronteira cultural, nas quais, as culturas estão sob ameaça. Sentidos e valores são relidos de outra forma e, os signos são apropriados de outra maneira.
30) McCarthy( 1994), defende que se traga para o currículo, as experiências das minorias marginalizadas e as  de homens e mulheres das classes  trabalhadoras, não como conteúdos, mas como experiências marginais.


       


RESUMO DA AULA DE ECI-209 DE 11-05-2012


Resumo de uma aula de ECI-209

             No dia 11/05/12, aconteceu mais uma aula de ECI-209, Tendências Contemporâneas de Currículo. Esta aula foi uma sequencia da aula anterior, realizada no dia 27/04/12. 
            A referida aula iniciou-se com a preleção da professora Rita T. Stano, que em seguida solicitou que o aluno Jacy retomasse o tema abordado na aula anterior, que se tratava da “Diferença dos PCN do Ensino Fundamental.” O tema foi escrito por Elizabeth Macedo e apresentado por Átila Bruno e Jacy. 
            O aluno começou a abordagem, citando que os currículos substituem os saberes menos organizados, por outros mais organizados.  Foi dito que Bhabha (1998), considera que a ideia de patriotismo, foi um pretexto para apagar as diferenças. Outra coisa foi que o cidadão nacional é um cidadão globalizado e que deve ser inserido no mercado produtivo, como trabalhador e como consumidor. Houve comentários, porque há quem acredita que essa função seria mais adequada a uma escola técnica e não a uma tradicional.
          Outra questão que gerou debate, foi a que a autora afirma que há muitas diferenças entre os alunos e que a escola precisa saber lidar com elas. Considerando que no Brasil  as diferenças são muito diferentes, isso nem sempre é possível.
           Em seguida, foi abordada “A  diferença como pensar o particular e o universal, no campo do currículo”. Segundo a autora, as relações entre as culturas particulares, são relações de poder. Uma frase interessante que foi comentada pela professora é de que “Ao não questionar o sistema que cria a similaridade, as perspectivas multiculturais dos PCN excluem, mesmo quando denunciam a exclusão”.
         Segundo a autora, se uma cultura particular se transforma em universal, abre mão de sua identidade original. Finalmente, foi citado McCarthy (1994), que defende que se traga para o currículo, as experiências das minorias marginalizadas e as de mulheres das classes trabalhadoras, não como conteúdos, mas como experiências marginais. A aula gerou debates interessantes e foi encerrada.