segunda-feira, 7 de maio de 2012

O PENSAMENTO CURRICULAR NO BRASIL


O Pensamento Curricular no Brasil

ECI 209 Tendências contemporâneas de Currículo
  
Alice Casimiro Lopes & Elizabeth Macedo
Profª Rita Stano
Aluno: Jacy Carvalho do Nascimento

Mestrado Profissional em Ensino e Ciências

RESUMO
As preocupações com currículo no Brasil datam dos anos 20. Depois de 1980 com a redemocratização vertentes Marxistas ganharam força e dois grupos nacionais, a pedagogia histórico – critica e a pedagogia do oprimido disputavam a hegemonia.
Surgiram influencias da literatura francesa e Marxista européia. Nos anos 90 os trabalhos buscavam a compreensão do currículo como espaço de relações e poder. As literaturas tendiam para um cunho eminentemente político, como define Pinar (1995).
Foram aprofundadas questões quanto as relações entre conhecimento cientifico e conhecimento escolar, saber popular e senso comum, na seleção dos conteúdos curriculares. O currículo como construção social do conhecimento.
No fim da primeira metade da década de 90 o currículo passa incorporar enfoques pós modernos e pós estruturais, convivendo com as discussões modernas.
Sob a influencia de Foucault, dentre outros as orientações produzem híbridos culturais.há uma dificuldade de se definir o que vem a ser currículo. Discussões teórico – praticas levam à teorias construtivistas. A definição do campo de currículo sugere uma natureza epistemológica.
Sob a influencia de Bourdeaux (1983 – 1992), currículo se constitui como um campo intelectual. A análise curricular é objeto do conhecimento produzido por sujeitos, com legitimidade de falar sobre o assunto, professores, pesquisadores e orientadores de instituições de ensino e pesquisa, surgem textos, livros e revistas especializadas.

Hibridismo a marca do campo do currículo

Currículo  e tomado por três grupos principais: a perspectiva pós-estruturalista, o currículo em rede e a historia do currículo e a constituição do conhecimento escolar. Na perspectiva pós estruturalista surge o grupo de currículo da UFRS ( Universidade Federal do Rio Grande do Sul), liderado por Tomaz Tadeu da Silva e colaboradores, tendo Bourdeaux como referencia com base e Michel Foucault e os estudos culturais. Há um repúdio ao pós modernismo. Posteriormente o debate se amplia para questões de etnia e sexualidade, e crítica às idéias de razão, progresso e ciência.
Depois numa construção social o autor incorpora o conceito da diferença, influenciado por Michael Young. Para ele, o verdadeiro critério, da validação do saber é a sua capacidade de contribuir para a libertação humana. Silva entende que a teoria do currículo constitui um dos nexos entre saber e poder.

Currículo e conhecimento em rede

O lançamento de um coleção de livros denominada” O sentido da escola” trata da circulação do conhecimento em rede e cotidiano escolar. O currículo aborda formação de professores, a LDB passa a discutir a formação de professores, e abrange a pratica social e a existência de vários espaços de formação articulado. Durante os anos 80 a experiência curricular se desenvolveu em espiral.
Nos anos 90 as discussões sobre currículo passam a abordar crises em três esferas: no mundo do trabalho, n produção cientifica e no questionamento da razão como forma privilegiada de entendimento do mundo. Depois a noção de conhecimento em rede, introduz a noção de prática social. Oliveira (1999) aborda a construção de conhecimentos sobre currículo, por equipes pedagógicas das secretarias de educação

Historia do currículo e constituição do conhecimento escolar


      No final da década de 1980, surge no NEC- da UFRJ, duas linhas principais de pensamento sobre currículo: “ o Estudo do pensamento curricular brasileiro” e o “ Estudo das disciplinas escolares.
Entre 1994 e 1996 um grupo incluiu no currículo a globalização, hibridização cultural e cosmopolitismo ( Moreira e Macedo 1999) . Em 1999 HAMERTZ e GARCIA  analisaram a temática do multiculturalismo referenciados por Franklim e Goodson. Moreira segue os estudos sobre currículo abordando a tensão entre flexibilidade e controle. Há ênfase entre o campo do currículo e da formação de professores, valorizando a teoria e a prática. No contesto escolar (Moreira Lopes e Macedo 1999) constatam interesse nas relações entre as disciplinas e as vivências dos alunos. Nos anos de 1990, a marca do campo do currículo é o Hibridismo, adversidade.
Uma das principais marcas do pensamento curricular atual é a mescla entre o discurso Pós - Moderno e o foco político na teorização crítica. O saber e o poder.
Entendemos que estamos frente a uma redefinição no campo do currículo que envolve reterritorialização das referencias e a construção de novas preocupações. A relação com os demais campos deve ser feito na interação entre domínio e subordinação, na qual o pesquisador em currículo se vale do que útil nos outros campos, numa revalorização das discussões sobre currículo.





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