O Pensamento Curricular no Brasil
ECI 209 Tendências contemporâneas de
Currículo
Alice
Casimiro Lopes & Elizabeth Macedo
Profª
Rita Stano
Aluno:
Jacy Carvalho do Nascimento
Mestrado
Profissional em Ensino e Ciências
RESUMO
As preocupações com
currículo no Brasil datam dos anos 20. Depois de 1980 com a redemocratização
vertentes Marxistas ganharam força e dois grupos nacionais, a pedagogia
histórico – critica e a pedagogia do oprimido disputavam a hegemonia.
Surgiram influencias da
literatura francesa e Marxista européia. Nos anos 90 os trabalhos buscavam a
compreensão do currículo como espaço de relações e poder. As literaturas
tendiam para um cunho eminentemente político, como define Pinar (1995).
Foram aprofundadas
questões quanto as relações entre conhecimento cientifico e conhecimento
escolar, saber popular e senso comum, na seleção dos conteúdos curriculares. O
currículo como construção social do conhecimento.
No fim da primeira
metade da década de 90 o currículo passa incorporar enfoques pós modernos e pós
estruturais, convivendo com as discussões modernas.
Sob a influencia de
Foucault, dentre outros as orientações produzem híbridos culturais.há uma
dificuldade de se definir o que vem a ser currículo. Discussões teórico –
praticas levam à teorias construtivistas. A definição do campo de currículo
sugere uma natureza epistemológica.
Sob a influencia de
Bourdeaux (1983 – 1992), currículo se constitui como um campo intelectual. A
análise curricular é objeto do conhecimento produzido por sujeitos, com
legitimidade de falar sobre o assunto, professores, pesquisadores e
orientadores de instituições de ensino e pesquisa, surgem textos, livros e
revistas especializadas.
Hibridismo a marca do campo do currículo
Currículo e tomado por três grupos principais: a
perspectiva pós-estruturalista, o currículo em rede e a historia do currículo e
a constituição do conhecimento escolar. Na perspectiva pós estruturalista surge
o grupo de currículo da UFRS ( Universidade Federal do Rio Grande do Sul),
liderado por Tomaz Tadeu da Silva e colaboradores, tendo Bourdeaux como
referencia com base e Michel Foucault e os estudos culturais. Há um repúdio ao
pós modernismo. Posteriormente o debate se amplia para questões de etnia e
sexualidade, e crítica às idéias de razão, progresso e ciência.
Depois numa construção
social o autor incorpora o conceito da diferença, influenciado por Michael
Young. Para ele, o verdadeiro critério, da validação do saber é a sua
capacidade de contribuir para a libertação humana. Silva entende que a teoria
do currículo constitui um dos nexos entre saber e poder.
Currículo e conhecimento em rede
O lançamento de um
coleção de livros denominada” O sentido da escola” trata da circulação do
conhecimento em rede e cotidiano escolar. O currículo aborda formação de
professores, a LDB passa a discutir a formação de professores, e abrange a
pratica social e a existência de vários espaços de formação articulado. Durante
os anos 80 a experiência curricular se desenvolveu em espiral.
Nos anos 90 as discussões
sobre currículo passam a abordar crises em três esferas: no mundo do trabalho,
n produção cientifica e no questionamento da razão como forma privilegiada de
entendimento do mundo. Depois a noção de conhecimento em rede, introduz a noção
de prática social. Oliveira (1999) aborda a construção de conhecimentos sobre
currículo, por equipes pedagógicas das secretarias de educação
Historia do currículo e constituição do conhecimento
escolar
No
final da década de 1980, surge no NEC- da UFRJ, duas linhas principais de
pensamento sobre currículo: “ o Estudo do pensamento curricular brasileiro” e o
“ Estudo das disciplinas escolares.
Entre 1994 e 1996 um
grupo incluiu no currículo a globalização, hibridização cultural e
cosmopolitismo ( Moreira e Macedo 1999) . Em 1999 HAMERTZ e GARCIA analisaram a temática do multiculturalismo
referenciados por Franklim e Goodson. Moreira segue os estudos sobre currículo
abordando a tensão entre flexibilidade e controle. Há ênfase entre o campo do
currículo e da formação de professores, valorizando a teoria e a prática. No
contesto escolar (Moreira Lopes e Macedo 1999) constatam interesse nas relações
entre as disciplinas e as vivências dos alunos. Nos anos de 1990, a marca do
campo do currículo é o Hibridismo, adversidade.
Uma das principais
marcas do pensamento curricular atual é a mescla entre o discurso Pós - Moderno
e o foco político na teorização crítica. O saber e o poder.
Entendemos que estamos
frente a uma redefinição no campo do currículo que envolve reterritorialização
das referencias e a construção de novas preocupações. A relação com os demais
campos deve ser feito na interação entre domínio e subordinação, na qual o
pesquisador em currículo se vale do que útil nos outros campos, numa revalorização
das discussões sobre currículo.
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