PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
PAULO FREIRE
SÍNTESE
Por Jacy Carvalho do Nascimento
Após a leitura do livro “Pedagogia
da Autonomia” de Paulo Freire, faço uma reflexão sobre tudo o que li. O
livro fala dos Saberes Necessários à
Prática Educativa, sendo que iniciei a leitura com muita expectativa, por
todos os comentários positivos que já havia ouvido a respeito do autor.
Em sua abordagem inicial, o autor fala sobre a formação docente, citando
conceitos e levando o leitor a pensar e repensar a sua forma de atuar, na
condição de professor ou professora de alguma instituição de ensino, o que é
muito interessante. A referida reflexão acontece ao longo de toda a leitura,
porque o livro é abrangente e traz muitas sugestões a quem se propõe a lê-lo.
O livro aborda o conceito de autonomia com muita eficácia, porque associa
a autonomia do professor á dos alunos, enfatizando que os mesmos têm o direito
de se manifestarem democraticamente, que é preciso que se veja o aluno como um
parceiro na construção do aprendizado e não, como um recipiente a ser
preenchido. O capítulo
1 aborda A Prática Docente, no que
ele chama de “Primeira Reflexão” e, surgem
novos conceitos tais como: rigorosidade, pesquisa, respeito, saberes,
criticidade, estética, ética, corporificação, aceitação, rejeição,
discriminação, identidade cultural, dentre outros.
Nesse contexto, a reflexão está ligada à rigorosidade, com ênfase nas
muitas diferenças entre ”se obter o silêncio da turma e o fazer silenciar”, o
que acontece ainda hoje em classes com professores autoritários e opressores.
Pesquisar é importante, porque o docente precisa estar sempre pesquisando, para
melhorar a sua própria forma de atuar, levando em consideração que é preciso
haver respeito mútuo entre quem ensina e quem aprende. Na desenvoltura dos
saberes, a criticidade é fundamental, a auto crítica, a melhoria da estética na
prática pedagógica, a ética no exercício da profissão e na vida em geral, tudo
isso somando e contribuindo para a corporificação da função de ensinar, sem
rejeição ou discriminação a quem quer que seja.
No capítulo 2, se lê que ensinar não é apenas transmitir conhecimento, na
verdade é algo muito mais abrangente. Surgem outros conceitos tais como,
construção, consciência, reconhecimento, autonomia, direitos, realidade,
esperança, convicção, curiosidade, dentre outros. Como já foi dito
anteriormente, ensinar não é transferir conhecimento e sim construí-lo, numa
edificação conjunta entre aprendiz e professor. Dessa forma, o aluno desenvolve
a consciência da importância de aprender, sendo que havendo esse
reconhecimento, ambos se respeitam e cada um pratica a sua autonomia de maneira
livre e mais produtiva. É preciso que os profissionais do ensino tenham
esperança em dias sempre melhores, que trabalhem com convicção e, que os
ensinamentos despertem a curiosidade dos alunos.
No 3º capítulo, Ensinar é uma Especificidade Humana”, o
autor enfatiza a grandiosidade do ser humano e outros conceitos são abordados,
tais como competência, generosidade, comprometimento, intervenção, liberdade,
decisão, ideologia, diálogo, bem querer, dentre outros. Paulo Freire afirma que
a competência do educador é muito mais significativa, quando ele usa de
generosidade, revelando o seu comprometimento com o aprendizado do aluno, numa
forma de intervenção amorosa, que valoriza a liberdade de expressão, o que
certamente se reflete na tomada de decisão. É preciso que se trabalhe com amor
e que se ouça o que o coração quer dizer. Sabemos que existe muita ideologia no
contexto do livro. Mas, com diálogo, disposição e bem querer, o trabalho pode
gerar bons frutos. O conteúdo do livro superou as minhas expectativas. Que cada
um faça o melhor de si.
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