quinta-feira, 31 de maio de 2012

PEDAGOGIA DA AUTONOMIA - SÍNTESE


PEDAGOGIA DA AUTONOMIA
PAULO FREIRE
SÍNTESE
Por Jacy Carvalho do Nascimento
Após a leitura do livro “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire, faço uma reflexão sobre tudo o que li. O livro fala dos Saberes Necessários à Prática Educativa, sendo que iniciei a leitura com muita expectativa, por todos os comentários positivos que já havia ouvido a respeito do autor.
Em sua abordagem inicial, o autor fala sobre a formação docente, citando conceitos e levando o leitor a pensar e repensar a sua forma de atuar, na condição de professor ou professora de alguma instituição de ensino, o que é muito interessante. A referida reflexão acontece ao longo de toda a leitura, porque o livro é abrangente e traz muitas sugestões a quem se propõe a lê-lo.
O livro aborda o conceito de autonomia com muita eficácia, porque associa a autonomia do professor á dos alunos, enfatizando que os mesmos têm o direito de se manifestarem democraticamente, que é preciso que se veja o aluno como um parceiro na construção do aprendizado e não, como um recipiente a ser preenchido.  O capítulo 1 aborda A Prática Docente, no que ele chama de “Primeira Reflexão” e, surgem novos conceitos tais como: rigorosidade, pesquisa, respeito, saberes, criticidade, estética, ética, corporificação, aceitação, rejeição, discriminação, identidade cultural, dentre outros.   
Nesse contexto, a reflexão está ligada à rigorosidade, com ênfase nas muitas diferenças entre ”se obter o silêncio da turma e o fazer silenciar”, o que acontece ainda hoje em classes com professores autoritários e opressores. Pesquisar é importante, porque o docente precisa estar sempre pesquisando, para melhorar a sua própria forma de atuar, levando em consideração que é preciso haver respeito mútuo entre quem ensina e quem aprende. Na desenvoltura dos saberes, a criticidade é fundamental, a auto crítica, a melhoria da estética na prática pedagógica, a ética no exercício da profissão e na vida em geral, tudo isso somando e contribuindo para a corporificação da função de ensinar, sem rejeição ou discriminação a quem quer que seja.
No capítulo 2, se lê que ensinar não é apenas transmitir conhecimento, na verdade é algo muito mais abrangente. Surgem outros conceitos tais como, construção, consciência, reconhecimento, autonomia, direitos, realidade, esperança, convicção, curiosidade, dentre outros. Como já foi dito anteriormente, ensinar não é transferir conhecimento e sim construí-lo, numa edificação conjunta entre aprendiz e professor. Dessa forma, o aluno desenvolve a consciência da importância de aprender, sendo que havendo esse reconhecimento, ambos se respeitam e cada um pratica a sua autonomia de maneira livre e mais produtiva. É preciso que os profissionais do ensino tenham esperança em dias sempre melhores, que trabalhem com convicção e, que os ensinamentos despertem a curiosidade dos alunos.
No 3º capítulo,  Ensinar é uma Especificidade Humana”, o autor enfatiza a grandiosidade do ser humano e outros conceitos são abordados, tais como competência, generosidade, comprometimento, intervenção, liberdade, decisão, ideologia, diálogo, bem querer, dentre outros. Paulo Freire afirma que a competência do educador é muito mais significativa, quando ele usa de generosidade, revelando o seu comprometimento com o aprendizado do aluno, numa forma de intervenção amorosa, que valoriza a liberdade de expressão, o que certamente se reflete na tomada de decisão. É preciso que se trabalhe com amor e que se ouça o que o coração quer dizer. Sabemos que existe muita ideologia no contexto do livro. Mas, com diálogo, disposição e bem querer, o trabalho pode gerar bons frutos. O conteúdo do livro superou as minhas expectativas. Que cada um faça o melhor de si.

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