quarta-feira, 13 de junho de 2012

UMA ABORDAGEM SOBRE ESCOLAS, CURRÍCULO E CRIATIVIDADE


Por Jacy Carvalho do Nascimento.


   Após ouvirmos a palestra de Ken Robinson, cujo título é uma indagação, “Escolas Matam a Criatividade”? Chegaremos á conclusão que sim. Se considerarmos o currículo prescrito, que é aquele que é imposto ás escolas percebe-se que há uma camisa de força, uma ditadura que poda a criatividade dos alunos e que realmente, conforme disse Ken, o sistema de ensino vai desmotivando as pessoas. No contexto curricular, sabe-se que currículo é práxis, que é humano e complexo, que possui forma, conteúdo e organização. 
No entanto, segundo o preletor, o sistema educacional existe para suprir o industrialismo e, dessa forma, o poder  econômico dita as regras, as quais, sucumbem com a criatividade das pessoas. Sendo assim, alunos que possuem dons artísticos se sentem deslocados e influenciados a abandonarem os seus talentos, porque isso não interessa ao sistema e também, porque as escolas não estão preparadas para lidar com isso, o ensino é burocrático, metódico e conservador.  É preciso que se façam mudanças significativas no currículo.
Outro assunto abordado por Ken Robinson se refere aos professores universitários. Segundo ele, muitos deles possuem postura arrogante e apenas repassam os conhecimentos, sem se preocuparem com a relação professor-aluno e ensino-aprendizagem. Isso acontece, porque a grande maioria dos referidos professores, não possuem curso de licenciatura, não foram preparados para lidarem com pessoas. Sendo assim, se os seus alunos não apresentarem o rendimento padronizado, esses pseudo-professores culparão os próprios alunos. É mais fácil apontar um culpado, do que fazer uma autocrítica.
Uma palestra como a de Ken Robinson e os trabalhos de pesquisadores curriculares, podem auxiliar na busca de inovações, que contemplem as disciplinas trabalhadas nas escolas de forma igualitária, sem prejuízo a qualquer que seja. Assim sendo, formaremos gerações preparadas para suprir as necessidades do país, com muita inovação e competência, sabendo que é preciso encontrar o elo entre a escola, o currículo e a criatividade. Nesse contexto, as pessoas não precisam abandonar seus sonhos, seus ideais, sua naturalidade, sua arte, sua música, sua dança e outras virtudes, para conseguirem um diploma. Essa falta de respeito precisa acabar.

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