Por Jacy Carvalho do Nascimento.
Após
ouvirmos a palestra de Ken Robinson, cujo título é uma indagação, “Escolas
Matam a Criatividade”? Chegaremos á conclusão que sim. Se considerarmos o
currículo prescrito, que é aquele que é imposto ás escolas percebe-se que há
uma camisa de força, uma ditadura que poda a criatividade dos alunos e que
realmente, conforme disse Ken, o sistema de ensino vai desmotivando as
pessoas. No
contexto curricular, sabe-se que currículo é práxis, que é humano e complexo,
que possui forma, conteúdo e organização.
No entanto,
segundo o preletor, o sistema educacional existe para suprir o industrialismo e,
dessa forma, o poder econômico dita as
regras, as quais, sucumbem com a criatividade das pessoas. Sendo assim, alunos
que possuem dons artísticos se sentem deslocados e influenciados a abandonarem
os seus talentos, porque isso não interessa ao sistema e também, porque as
escolas não estão preparadas para lidar com isso, o ensino é burocrático,
metódico e conservador. É preciso que se
façam mudanças significativas no currículo.
Outro assunto
abordado por Ken Robinson se refere aos professores universitários. Segundo
ele, muitos deles possuem postura arrogante e apenas repassam os conhecimentos,
sem se preocuparem com a relação professor-aluno e ensino-aprendizagem. Isso
acontece, porque a grande maioria dos referidos professores, não possuem curso
de licenciatura, não foram preparados para lidarem com pessoas. Sendo assim, se
os seus alunos não apresentarem o rendimento padronizado, esses pseudo-professores
culparão os próprios alunos. É mais fácil apontar um culpado, do que fazer uma
autocrítica.
Uma palestra
como a de Ken Robinson e os trabalhos de pesquisadores curriculares, podem
auxiliar na busca de inovações, que contemplem as disciplinas trabalhadas nas escolas
de forma igualitária, sem prejuízo a qualquer que seja. Assim sendo, formaremos
gerações preparadas para suprir as necessidades do país, com muita inovação e
competência, sabendo que é preciso encontrar o elo entre a escola, o currículo
e a criatividade. Nesse contexto, as pessoas não precisam abandonar seus
sonhos, seus ideais, sua naturalidade, sua arte, sua música, sua dança e outras
virtudes, para conseguirem um diploma. Essa falta de respeito precisa acabar.
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